A escolha inexistente
mora com o inevitável
cada ato inconsequente
rege o tato incontrolável
Nos limites lineares
a ferrugem no sabor
oxida a vantagem
de um beijo a vapor
O comando é sempre igual
entre a máquina e a mão
O amor é punhal
amolando a solidão
O presente mora sempre
no próximo dia
o passado é emergente
e o futuro é o que eu faria
Cada ato inexistente
é um arrependimento
de um 'seria diferente'
se me Coubesse o tempo
Mas o beijo imediato
é a retribuição
em um jeito de estar grato
por um pouco de atenção