No vão do em vão alheio
ficou só o que deixar
é só me restou o receio
o medo de me aproximar
A voz ousando sair
tentando se declarar
e quem deveria ouvir
tão pouco quis se importar
E sempre que eu tento esquecer
começo a me convencer
que é bem melhor lembrar
O tempo só faz sentido
se não há o que esperar
a cor do seu vestido
que eu vi desbotar
E agora não tenho nada
para me basear
se hora estiver errada
quem vai me avisar?
Ouve a inversão dos polos
numa aversão vulgar
a moça que pede colo
o cara que nunca está
A àgua já não sacia
quem muito já bebeu
só serve a poesia