Por que te fechas em rancor
E não me abres uma brecha?
Se te lancei a flecha
Hoje sangro tua dor.
Apaga a recordação,
Se te feri em maus passos
Hoje desenho meus traços
Nas linhas da tua mão.
Me convides para a dança,
Mas não nos sele nessa cela
Com esse amor de cautela
Que assassina a esperança.
Pois vivo por ti, à espera
Desse beijo sem pudor.
Se teu olhar é primavera,