Ela chega com seus apresados passos, sua boca formava um sorriso cítrico e seus olhos claramente sombreados, propagantes de uma ironia lírica em segredos de uma auto razão, razão qual deformava sépicamente meus pensamentos que se inundavam em migalhas de pessimismo, minha térmica encenação de conformismo se fundia as ruas e aos mendigos de andares satíricos embriagados e invisíveis como as palavras dormentes em minha língua. Coagulava o ar gelado sobre meu rosto ansioso, vastos olhos de uma morte sem dor como a poeira liquida esculpida nas colunas de uma catedral, escorria à tarde entre cigarros sóbrios algo pendente polarizava os corpos mantendo-os distantes fixos em se fundir, matar em um abraço claro a dor tarjada de alienação, alugando um quarto no Olímpio em férias da realidade.
Mãos tremulas de um Pós crime ansiando abrigo em um toque puro